quinta-feira, 7 de março de 2013

A harmonia das Cordas




Somos todos pequenos universos...
Harmonia... música, teoria das cordas, harmonia das esferas... multidão, vibração, conversação, pulsação, unicidade, universos... multiverso... redes... web.
Filósofos e cientistas tentam há milênios encontrar uma teoria única que explique o universo com uma única teoria que explique simplesmente (e definitivamente) o “tudo”. E até bem pouco tempo tínhamos um universo aparentemente infinito para ser explicado. No entanto, as coisas mudaram... e se na realidade houvessem mais universos? Difícil imaginar? Vamos entender isso...
Na matemática foram encontradas explicações para diversos fenômenos da natureza, e talvez a explicação do tudo esteja nos números... Pitágoras foi quem descobriu que cada corda musical, possuindo um tamanho/comprimento diferente permitia a vibração de sons característicos, notas diferenciadas que podem ser combinadas harmonicamente por meio da música.
Imagine que essas notas fazem parte de uma corda estendida, e cada uma delas representa uma parte da corta que está sendo presa, conforme o local que é preso isso modifica o som da corda quando ela é tangida. Os números revelaram as proporções encontradas nessa consonância. Os seguidores das teorias de Pitágoras construíram o modelo da Harmonia das Esferas baseados nos números. A Harmonia das Esferas é uma teoria que expressa o pensamento de que o universo é meio, um conjunto ordenado de forma harmoniosa. O homem é parte desse cosmos, e cabe a ele descobrir qual é o seu lugar nesse conjunto e estabelecer a harmonia entre ele e o seu redor. Enfim a Harmonia das Esferas seria, conforme o dicionário, a lei da ordem universal dos pitagóricos, segundo a qual as órbitas dos planetas são separadas por distâncias correspondentes aos comprimentos relativos das cordas que produzem sons harmônicos.
Agora podemos entender um pouco sobre a Teoria das Cordas.
Vamos retomar o primeiro parágrafo desse artigo: Filósofos e cientistas tentam há milênios encontrar uma teoria única que explique o universo com uma teoria que explique simplesmente (e definitivamente) o “tudo”. E até bem pouco tempo tínhamos um universo aparentemente infinito para ser explicado. No entanto, as coisas mudaram... e se na realidade houvesse mais universos? Difícil imaginar? Vamos entender isso”...
Vídeo de música...
Cordas que vibram e que produzem diferentes harmonias: é essa a Teoria das Cordas, a mais recente teoria da física moderna que explica o que é o Universo e que nos revela um multiverso...


Vamos lembrar de Platão e do mundo das ideias: as ideias existem em um mundo paralelo e correspondem à verdade eterna e imutável acerca das coisas em nosso mundo físico, ou seja, tudo em nosso mundo é uma cópia da realidade do mundo das ideias. Para que algo fosse considerado verdade deveria transcender o mundo físico (aparências, sensações, sombras em uma caverna)* e utilizar-se da razão para ser concebido. Bem, os matemáticos também acreditam que a matemática existe nesse mundo das ideias, se é que podemos dizer assim, ou seja, ela existe independentemente do que pensamos ou conhecemos sobre ela. São leis imutáveis e eternas que talvez estejam regendo nosso universo desde todo o sempre.
E na busca incessante de tentar entender o universo, os cientistas apoiam-se nos números... eternos e imutáveis...
Já se sabe que o universo está se expandindo em ritmo acelerado e todas as suas galáxias obedecem às mesmas leis da física que regem nossa realidade aqui na Terra... Esse é o universo que conhecemos (a cada dia um pouco mais). No entanto, recentes descobertas da física propõe a existência de inúmeros outros universos com leis próprias diferentes das que conhecemos. Juntos e interligados esses universos formam o multiverso em 11 dimensões. A Teoria das Cordas prevê uma proporção de 10 elevado a 500 universos... o que corresponde ao número 1 seguido de quinhentos zeros... Ainda não um entendimento geral sobre essas teorias, no entanto, afinal tentamos entender as coisas a partir do nosso ponto de vista e isso não está no mundo das ideias...
Veja o vídeo abaixo para entender melhor essa dimensão.

Cada vibração em cada corda representa uma energia diferente conforme massa ou carga energética da partícula. Propriedades diferentes geram vibrações diferentes. O que são essas partículas? "A corda, nesta teoria, representa um objeto unidimensional que vibra. Do mesmo modo que as diferentes vibrações das cordas de uma harpa estão relacionadas diferentes sons, aqui a cada vibração está associada uma energia, ou uma massa, ou uma carga, etc. Assim, diferentes vibrações "produzem" diferentes partículas "fundamentais". As propriedades da partícula "criada" estão inteiramente descritas pela vibração da corda (ou cordas) constituinte. Pode-se, então, criar aqui um paralelismo entre Física fundamental, som e música. De acordo com a teoria, todas aquelas partículas que considerávamos como elementares, como os quarks e os elétrons, são na realidade filamentos unidimensionais vibrantes, a que os físicos deram o nome de cordas. Ao vibrarem as cordas originam as partículas subatômicas juntamente com as suas propriedades. Para cada partícula subatômica do universo, existe um padrão de vibração particular das cordas e são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. O universo sendo composto por um número enorme dessas cordas vibrantes assemelha-se a uma sinfonia cósmica. (Fonte)

Somos todos pequenos universos...
Cada um de nós um pequeno universo... dentro de nós outros pequenos e múltiplos universos, pois que cada um de nós tem vários lados, uma personalidade rica de detalhes e de liberdade para mudar de ideia e em constante evolução e mudanças. Ao nosso redor milhões de universos interagindo e interdependentes, ao mesmo tempo que universos, são partículas que vibram a partir de suas propriedades intrínsecas... o que somos é o que nos faz vibrar...
E nesse grande universo rede que vibra com um e como tantos pequenos universos...
Eus, eu, nós, redes, mundo, universo, universos...
Como encontrar o tom em que as cordas vibram em ressonância...
Cordas de violão quando estão no mesmo tom, vibram em conjunto mesmo que você não as toque... Um olhar limpo para encontrar o tom, o trabalho do todo em uníssono respeitando cada vibração particular.
E como um educador pode orquestrar, orientar essa sinfonia cósmica? Como auxiliar na harmonia de um grupo de alunos que vibram cada um em suas particularidades e que, no entanto, juntos, podem vibrar em coletivo? O primeiro passo é entender essa diversidade de características e pequenas vidas vibrantes e não perder-se diante dessa visão ampla que pode parecer um tanto confusa, no entanto, enquanto educadores enxergarem seus alunos sentados em suas cadeiras como um bloco será conveniente e fácil de “ensinar” (que do latim alumnusalumnié, sem luz), porém o verdadeiro trabalho de aprendizado e troca não acontece, quando as individualidades e pequenos universos são ignorados...
É possível trabalhar com um coletivo e ao mesmo tempo considerar cada pequeno olhar, cada pequenina realidade que já traz consigo um pequenino mundo de vivências, de conhecimento e uma maneira peculiar de inferir sobre o mundo.
Novamente o InovarEduca ressalta a importância do educador como intermediador, como o professor de mergulho que avisa onde estão as pedras, mas não nada pelo aluno, apenas segura na mão e o impulsiona para a sua verdadeira e particular experiência. Ele indica as ferramentas, ensina a usar, mas permite uma exploração compartilhada em que ele próprio irá reaprender em coletivo. O educador que ensina o estudante a enxergar e a fazer brilhar sua própria luz, e que nunca, nunca o faz acreditar que ele não a possui, e que depende de um subordinador de seu aprendizado.
Como?
Um bom maestro ou músico sabe que para acertar o compasso e a harmonia é preciso usar o diapasão. Você sabe o que é isso?
A parte que parece um garfo vibra e pelo pino com a base esférica ele transfere a vibração para algum ponto de ressonância, pode ser uma mesa, uma parede, uma parte do seu corpo... Basta bater o garfo (a forquilha) e tocar a base esférica em alguma superfície. Dessa forma é possível afinar instrumentos, conforme diferentes frequências... Afinar, encontrar a frequência, trabalhar em conjunto com vários instrumentos que juntos podem produzir um som agradável aos ouvidos... cada um sendo um e ao mesmo tempo integrando o todo.
Uma voz se transforma em muitas e um pensamento se multiplica, alcançando grande força!
Dica de filme sobre universos paralelos: Another Earth, 2011



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