segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Qualidade na Educação - algumas ideias


Qualidade na Educação - algumas ideias ...
* Clausia Mara Antoneli
Vivemos uma época em que “participação”, “colaboração”, “inovação” e “criatividade” são temas - algumas vezes até desgastados - citados em muitos momentos, nas mais diferentes situações que visam, através de sua aplicação, possíveis soluções para o nosso futuro - da humanidade - em um mundo minimamente sustentável.
Penso, portanto, como “educadora de profissão” que sou hoje - nem sempre foi assim - que refletir, questionar, criticar, mudar ... deve ser uma das prioridades da nossa sociedade. Nem sempre foi assim porque minha trajetória acadêmica e profissional passou por outras áreas antes de ancorar na educação. Hoje sou professora universitária de cursos presenciais, semi presenciais e à distância e também atuo como consultora e coordenadora em projetos de EaD.
Entendo que a vantagem da vivência  no tema é que podemos - se quisermos - ter a ideia real do que acontece, ou seja, “sentirmos na pele” as consequências dos problemas e, porque não, partir para suas soluções, se deixassem, é claro! As instituições ainda são muito resistentes a qualquer tipo de mudança.
Muito bonito este discurso na teoria, entretanto, na prática, não é bem assim que funciona. Ainda estamos longe de ter uma participação efetiva nas decisões institucionais, seja como funcionários, professores, alunos ou consultores. Vejo que a qualidade desejada para a educação no Brasil ainda engatinha.
Acredito muito na participação dos envolvidos para se conseguir boas soluções para os problemas. Mas, isso só acontece quando: às partes envolvidas se dá voz e as instituições ativam seus ouvidos.

Alunos e professores têm se manifestado de forma significativa ultimamente, no sentido de levantar problemas sérios que estão dificultando o processo educacional. Não vejo ainda os órgãos competentes “ouvindo” a contento estas manifestações - haja vista o tempo ou o encaminhamento para resolvê-las. Casos recentes como a greve dos professores das universidades federais e a página da aluna Isadora Faber no facebook, são vozes importantes e merecem toda a atenção.
As tecnologias de informação e comunicação (TIC) têm contribuído de forma implacável para que a comunicação atinja seus objetivos. Rádio, televisão e  internet - juntas - têm um excelente alcance. Receber informações e tratá-las com seriedade transformando-as em conhecimento e soluções inovadoras e criativas que modifiquem de fato os processos em prol de uma sociedade melhor e mais preparada para o futuro ainda é um grande desejo na educação.
Trabalhando com EaD para educação informal e formal há vários anos, vivencio experiências importantes que potencializam e facilitam através da tecnologia o acesso das pessoas à educação, às informações e ao aprendizado. Para uma reflexão séria de mudanças e de qualidade para a educação a EaD mostra-se como um caminho interessante, entretanto, ainda é preciso vencer a falta de fluência digital, quebrar paradigmas e conseguir inovar “de verdade”, pois os modelos para EaD poucas vezes fogem de muita leitura - já identificada como problema para as novas gerações, além de debates em fóruns ou relatórios escritos. Pouco se inova ainda principalmente na educação formal. O processo é lento.
Apostaria hoje na ideia de participação e colaboração efetivas do aprendiz no seu processo educacional. Como se faz isso? Será possível elaborarmos uma fórmula? Acredito que as soluções para os problemas também devem ser coletivas com a participação de todas as partes envolvidas e aí também temos uma falta de fórmula, o padrão tradicional não tem solucionado de forma inovadora e criativa estes problemas.
Parar um pouco, reunir pessoas interessadas no assunto e com vontade de mudar e resolver problemas para refletir sobre essas ideias, para mim, já se mostra uma ação inovadora e pode iniciar um processo de melhoria e qualidade para a educação brasileira.
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* Clausia Mara Antoneli atua como professora universitária e sócia-diretora da ATMO - é mestre em EaD para Tv Digital, pós-graduada em TI, licenciada em matemática e bacharel em análise de sistemas.

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