terça-feira, 19 de junho de 2012

O descompasso existente entre Governo, Academia e Sistemas Produtivos e o impacto na Educação para o século XXI


                               

O Encontro Inovar Educa I, que aconteceu no dia 26 de abril de 2012, das 9h às 12h, na FGV Unidade Berrini (Avenida das Nações Unidas, 12.495, sala 201, em São Paulo) debateu o descompasso existente entre Governo, Academia e Sistemas Produtivos e o impacto na Educação para o século XXI, com o objetivo de encontrarmos soluções para essa situação.

Miguel Sacramento, palestrante do evento, nos alerta sobre as mudanças pelas quais a sociedade passou nas últimas décadas, pois há cerca de sessenta anos atrás o modelo de organização social era mais previsível, controlado e até mesmo mais limitado dentro das condições tecnológicas e comunicacionais pertinentes ao contexto de cada época. No entanto, essa situação foi transformando-se e hoje vivemos o reflexo de avanços nas áreas de Tecnologias da Comunicação e Informação que nos permitem uma velocidade incrível para comunicar, produzir, consumir e transportar. Segundo Miguel o nosso mundo hoje se tornou complexo, dinâmico e muitas vezes caótico. Que impacto essas mudanças causam no processo de ensino-aprendizagem? Ainda vivemos sob as mesmas necessidades?

O ponto principal é pensar qual o papel do professor do século XXI, está claro que o jeito de ensinar e aprender mudou. Nos artigos Qual é a melhor forma de ensinar? e Qual é a melhor forma de aprender?, podemos entender um pouco mais sobre os sinais que têm sido apresentados pelos jovens sobre a inadequação do método de ensino-aprendizagem estagnado que não se adaptou às mudanças tecnológicas, ao ritmo de produção e consumo de informações, aos cenários digitais que podem e devem ser aproveitados com objetivos educacionais, e sobre o educador que precisa assumir a postura de orientador e guia, ele precisa mergulhar primeiro e preparar o jovem para encontrar soluções.

Outra pergunta-chave para desenvolver uma discussão proveitosa nesse âmbito é "quais adaptações são necessárias para integrar a tecnologia ao processo de ensino-aprendizagem"? Será que basta construir um laboratório de informática na escola ou distribuir tablets para os alunos? Em primeiro lugar nenhum tipo de computador deve ser utilizado ou temido, como um possível substituto do professor, mas sim como um agregador de conhecimento, segundo nos diz o professor da Universidade da Inglaterra Sugata Mitra. Sugata ainda completa dizendo que um futuro melhor é feito por meio das dúvidas e do ato de questionar e refletir e não apenas responder prontamente aos alunos, e que "Um professor, atualmente, responde perguntas dos alunos. Ele é o Google. Isso não está certo. O professor precisa ser mais do que o Google. Ele precisa ser a pessoa que também faz perguntas, que instiga a imaginação de um jeito provocativo".

Se os jovens buscam quase tudo na internet, podemos escolher entre condenar essa atitude e utilizar as horas de navegação como prêmio por bom comportamento ou decidir enxergar as possibilidades de interação educativa que a web também oferece, aprendendo a usar, e orientando esses jovens a explorarem seus recursos de maneira otimizada e com segurança.

Veja os vídeos completos com a palestra InovarEduca I:

Parte 1:

Parte 2:


Parte 3:







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